Wednesday, December 30, 2009

OS SAPATOS DE CAMURÇA

OS SAPATOS DE CAMURÇA


Se eu fosse Elvis Presley, cantava-lhes esta história sobre os meus sapatos de camurça, que me serviram tão bem durante doze anos. Gostei deles pelo menos tanto quanto Elvis dos dele na sua canção "Blue Suede Shoes". Os meus eram sapatinhos até os tornozelos, prateado cinzentos, suaves e confortáveis. Chamávamo-los "spencers" ou "sapatos dos cavadores de ouro". Comprei-os durante o serviço militar na cooperativa de sapaterios inválidos da cidade, quando estava para voltar à vida civil depois de um ano de serviço obrigatório. De facto, eram bem baratos, mas de boa qualidade, feitos à mão - e é também este o tema desta história.
É horrível viajar num país que tem dificuldades para sair da Idade Média, como por exemplo a Índia. Mas é ainda pior viajar num país que voltou à Idade Média devido às suas guerras civis fratricidas, é o caso da Geórgia. O nosso grupo de escritores encontrou o país, que era o oásis da abundância e do excesso, na pobreza da era socialista, num estado de decomposição e apatia totais. O país ficou paralizado. Imaginem por exemplo um camião na estrada. No seu tanque de gasolina exterior havia tanta argila que tinha brotado um canteiro de relva nela. As janelas do autocarro que transportava o nosso grupo de escritores estavam crivadas por balas. Os vidros das viaturas quebrados ou crivados por balas (e notámos muitíssimos) não são consertados neste país, não há dinheiro. A nossa conferência de literatura foi uma das aventuras mais loucas que já vivi num acontecimento deste tipo. Chegámos de todos os países da Europa Central e de Leste graças ao apoio da Open Society Fund mas aí é que as fontes financeiras oficiais acabaram. Durante a conferência ficámos com a impressão que os nossos jovens colegas, os organizadores georgianos da conferência, recusavam qualquer apoio do estado (e um deles era o ex-ministro da cultura do governo antecedente!). Contavam sobretudo com o apoio financeiro dos amigos. Uma considerável parte do forte círculo de amigos, tão típico na Geórgia, foi representada (delicadamente dito) por pessoas ligadas ao mercado negro. O seu apoio à literatura era digno de admiração, mas muito (mais uma vez delicadamente dito) especial. Todos os dias vinha um carro de luxo e a sua tripulação entragava-nos uma caixa de uísque e pacotes de cigarros Marlboro. Aparentemente supunham que eram os combustíveis básicos das nossas discussões e actividades literárias. Tratava-se de um acontecimento semi-oficial, semi-privado e tive que admitir que a Geórgia era provavalmente o único país do mundo onde a máfia local dava tanta importância à literatura. Pelo carácter deste apoio podem presupor que o programa da nossa conferência era imprevisível. Às vezes os organizadores georgianos abandonavam o grupo e nós faziamos os possíveis para cumprir o programa, e na incerteza, esperávamos para ver o que aconteceria a seguir. No terceiro dia da confêrencia, encontrámo-nos numa excursão numa parte do país no cu de Judas. Em estradas horríveis que passavam pelas montanhas escarpadas sem saber o nosso destino. O nosso motorista ignorou as cancelas ocupadas pela milícia armada e só decidiu parar quando perguntei qual era a razão para estarem ali. Os milicianos com metralhadoras em punho explicaram-nos com boa vontade que as cancelas delimitavam as partes da estrada que se encontravam nas mãos da guerrilha local (nem sequer sabiamos que na Geórgia havia uma revolta!) mas de dia não iriam incomodar-nos. Tinha a impressão que mesmo se os rebeldes nos fizessem parar, o nosso motorista iria conhecê-los pelos nomes. Passámos pelas cancelas evitando os buracos nas estradas, mais numerosos que varicela em fase avançada, não dava para avançar mais que cinquenta metros em linha recta. A nossa viagem terminou de repente e sem aviso numa pequena cidade. Os organizadores deixaram-nos e foram tratar de alguns assuntos.
Tirar fotografias é a única actividade para acalmar os nervos de um estrangeiro enquanto espera durante o dia numa praça de uma cidade desconhecida. Tirámos as nossas pequenas máquinas fotográficas automáticas de turistas e crendo que tínhamos uma actividade útil para passar o tempo, começamos a tirar fotografias. Uma barraca chamou a nossa atenção, era uma tenda de madeira com a inscrição "Remont obuvi". Era uma oficina de sapateiro. A barraca em si não era tão interessante como a menina e o cachorro que se encontravam à porta. Ambos sujos e curiosos na sua idade infantil, olhando para nós. Sem dúvida uma fotografia engraçada. Depois de termos tirado fotografias, ouvimos de repente uma voz russa com sotaque georgiano: "Onde está o eslovaco?!"
Esta pergunta é um dos mistérios que vivi e cuja explicação nunca chegarei a saber. De facto, é um verdadeiro mistério, a razão pela qual o desconhecido local me escolheu a mim e como é que soube que eu era eslovaco. Para saber a explicação, fui ter com ele com muito prazer.
Era um homem como os que se podem encontrar na Geórgia, bem como na Índia ou no México. Passam a sua vida em grupos de amigos nas ruas das cidades e aldeias, debatem, bebem chá e observam meticulosamente tudo o que acontece à sua volta. Quando se passar pela rua “deles“, o melhor é cumprimentar respeitosamente toda a gente. À primeira vista não têm um aspecto assustador, mas são eles que influenciam as opiniões das comunidades das ruas. Somos imediatamente avaliados e se não gostam de nós, o melhor é fugir rapidamente. A pior coisa que pode acontecer é precisar de alguma coisa deles ou deles depender de alguma forma. Esta camada das nações pobres representa a mais numerosa base do estado. Suponho, que produzem pouco, mas mesmo assim é aconselhável entendermo-nos bem com eles. Por esta razão a minha conversa com o homem desconhecido começou do pior modo possível. O homem aproximou-se de mim, olhou-me directamente nos olhos e perguntou em voz alta e provocadora:
“Porque é que estás a tirar fotografias de um inválido?!“
Estava metido num sarilho. Na barraca com a inscrição “Remont obuvi“ provavelmente trabalhava um inválido. É muito comum neste ofício. Não o tinha notado, não sabia este facto, mas isso não me podia valer de desculpa. O homem desconhecido tinha a certeza absoluta que tinha o direito de dar uma lição ao estrangeiro e sabia tal como eu, que podia contar com a soliedaridade dos seus amigos da rua. Inválidos e crianças são intocáveis em todos os países. Ai dos estrangeiros que cometam um erro. E eu tinha cometido um (embora sem saber).
Como é de costume nestas situações, os que me deviam ter ajudado, observavam este inesperado teatro silenciosamente à espera do resultado. Os amigos do desconhecido já tinham formado um círculo à nossa volta e escutavam. Cada palavra era importante e eu sabia que podia falar de tudo, excepto do inválido. Isso daria a oportunidade ao homem para dar uma lição, que já tinha preparado, ao estrangeiro arogante, presunçoso e insensível.
“Sabe, caro amigo,“ comecei com cuidado. Na tentativa desesperada de pensar em algo olhei para os meus sapatos, os meus queridos sapatos de camurça, e foi nesse momento que a resposta salvadora me ocorreu. “Tirei a fotografia da sua “Remont obuvi“ porque na minha terra já não há sapateiros.“
“A sério?!“ o homem olhou para mim surpreendido e um pouco desconfiado. Sentia que estávamos a entrar num tema desconhecido e não quis desistir do seu. “A sério, sim! Imagine, no nosso país produzem sapatos de péssima qualidade, nem vale a pena consertá-los. São todos em plástico. Pomo-nos no lixo, quando estão estragados.“
“Ai é?“ o homem ficou encantado. Sempre agrada a estes representantes da opinião local saber alguma coisa de um estrangeiro que lhes dá a sensação de superioridade. Nestes momentos tornam-se benévolos. “A situação no vosso país não deve ser nada boa...“
“É verdade,“ afirmei com muito prazer.
“Onde é que este mundo irá parar,“ o homem continuou a conversa, mas depois, não querendo desistir da possível discussão, voltou ao tom moralizador. “E se tiras fotografias a uma barraca dessas, porque é que não tiras fotografia a um lugar bonito?!“
Indicou a praça em nossa volta onde não havia nada de bonito. Graças ao seu gesto reparei que o grupo dos espectadores, já aborrecido, começava a dispersar. Já tinha ganho, agora era só continuar com os lisangeios: “Quero poupar o filme para as vossas belas montanhas.“
“Ah, sim,“ concordou o homem, “as nossas belas montanhas“. Observou as montanhas distantes com atenção para saber se continuavam tão belas como sempre e depois disse: “Moro aqui perto, anda, vamos tomar vodka...“Quando voltei para casa, com a ênfase heróica, que vem sempre depois do grande medo e final feliz, contei a história à minha esposa. Ela não achou a história, agora já divertida, interessante, mas foi o estado dos meus sapatos de camurça que lhe chamou a atenção.
“Há uma eternidade que usas esses sapatos horríveis! Devias comprar uns novos!“
Nesse momento estava a descalçá-los, e aborrecido, peguei neles:
“Sapatos novos?! Em vez deste último exemplo de honesto trabalho manual indestrutível?!“
Coloquei os sapatos em frente dos olhos da minha esposa para provar o que acabava de dizer. Ela abanou a cabeça omnisciente e antes de me deixar com as minhas ingénuas opiniões disse “Talvez devesses observar melhor os teus sapatos indestrutíveis.“ Olhei para os meus sapatos indestrutíveis e pensei que iria ter um infarto. As solas estavam completamente gastas. Já deviam estar neste estado fatal quando, em frente da “Remont obuvi“ na Geórgia, “lutava“ verbalmente com o homem desconhecido. Mas não desisti. No sapateiro do nosso bairro mandaram-me embora.
“Já não fazemos este tipo de consertos. Consertamos apenas sapatos que se possam colar ou coser. Pode tentar no centro.“
Tentei no centro. Fui a vários sapateiros mas sem êxito. No último foram muito pacientes comigo. A senhora do balcão levou os sapatos e voltou com eles e com um velho sapateiro. O sapateiro pegou nos sapatos, olhou para as solas gastas e anuiu.
“Precisava de tirar estas solas e colocar umas novas. Mas isso já não se faz. Há alguns vinte anos mandaram-nos queimar as formas. O plano socialista do nosso país consistia em produzir tantos sapatos que o conserto já não compensasse.“
Ainda me lembro desse plano futurístico, mas hoje em dia já vivemos no capitalismo. Ou não?
“Bons sapatos“ entregou-mos com pena, “já não se fazem aqui. E não há ninguém neste país que possa consertá-los. Talvez apenas...“
“Eu sei“, disse com conhecimento fatalista, “sei onde podiam consertá-los.“
Fui para casa e coloquei os meus queridos sapatos numa prateleira. Talvez um dia, quando voltar à Geórgia...


Transl. by Jana Marceliová

Wednesday, December 16, 2009

Story in Croatian

In memoriam of my dear friend and publisher of this book Hrvoje Božičevič.
God bless You, Hrvoje. Spomíname na Teba.
Story from recently published book in Zagreb, Edicije Božičevič.
Kako je malen ovaj svijet
MALEN JE SVIJET

Priča iz Meksika


Prije svog prvog putovanja na kongres književnika u Meksiko, o toj zemlji nisam znao ništa. Štoviše, nisam znao ni da se moj kolega tamo nalazi na jednogodišnjem boravku, a kad sam konačno odlučio s njim uspostaviti kontakt, nije djelovalo naročito ohrabrujuće. Na moje faksove nije odgovarao. Kako se kasnije pokazalo, nije ni mogao. Upravo su im bili ukrali faks iz laboratorija. Moj je telegram proračun instituta stajao kao i dvomjesečni troškovi za poštarinu, usto ga nikada nije dobio. Nisam imao njegov e-mail, a pismo sam mu poslao u vrijeme kad je, na temelju svih prethodnih iskustava s poštom, bilo već prekasno.
Usprkos svim običajima upravo je to pismo stiglo tjedan dana ranije, dan prije moga leta. Kolega je odmah nazvao doma, pa smo u posljednji trenutak uspjeli dogovoriti da će me dočekati u zračnoj luci u Mexico Cityju. I tako sam poletio.
Moj kolega savršeno je ispunio zadaću opskrbne postaje na mojem putu u nepoznato. Dočekao me je u zračnoj luci i upoznao me s lokalnim pivom marke Montejo i juhom zvanom pozole. Održao mi je i opsežno predavanje o tome što trebam, mogu i ne smijem, uvečer me posjeo na autobus za Guadalajaru i zaželio sretan put.
Tko je ikada putovao meksičkim noćnim autobusnim linijama, zna da je to luksuz s kakvim se u nas ne možete sresti ni na međunarodnim linijama. Trebalo mi je stoga biti udobno i dobro, ali nije, jer sam noću jurio u nepoznato. A na naplatnim kućicama na autoputu uzduž ceste bile su ne samo vojničke straže, nego i ophodnje čudnovatih civila u pončosima, s naoružanjem u ruci, kao da prelazimo bojišnicu. Do Guadalajare se nisam baš naročito naspavao.
Oko pet ujutro konačno sam se iskrcao na autobusnoj stanici u Guadalajari. Bilo je to mojih prvih dvanaest sati na meksičkom tlu, a od Meksika sam vidio uglavnom unutrašnjost zatamnjenog autobusa. Sada me čekao sljedeći zadatak – taksijem doći do hotela. A to nije tako jednostavno. U takvim situacijama stranac ima dvije brige – da ga ne pokradu pri plaćanju te da ga dodatno ne pokradu pri vožnji. Kolege iz Danske na putu na isti taj kongres operušali su u kasnim noćnim satima usred Mexico Cityja! Mali zeleni taksi s državnom licencom odvezao ih je u sporednu uličicu gdje su ih čekali taksistovi kompanjoni. Zato sam od svog kolege dobio jedan dobar savjet i jedno upozorenje. Dobar savjet da na stanici potražim kućicu s uslugom "Pre-paid taxi". U Meksiku (ali i drugdje, na primjer u Indiji ili Maleziji) imaju pametnu instituciju unaprijed plaćene vožnje taksijem. Priopćite kamo idete, oni vam izračunaju trošak, izdaju potvrdu, a na temelju nje taksi će vas odvesti kamo trebate. Drugu moguću krađu očekivao sam na stražnjem sjedalu rasklimanog taksija, potpuno prepušten sudbini. Okružio sam se prtljagom i u mislima ponavljao oba naučena karate udarca od kojih je jedan navodno smrtonosan, ali neprestano ih miješam. Inače se ne bojim, ali isto tako inače ne gajim iluzije. Kolega me je upozorio da mogu očekivati najgore ako taksist odjednom stane u nekom mračnom parku. I upravo tamo smo završili.
Ulice Guadalajare bile su rano ujutro puste. Dugo smo se vozili, kad taksist odjednom stane uz rub nepoznatog mračnog parka. Brzo sam se osvrnuo s koje će strane napasti. Ali bili smo sami u pustoj ulici. Začuđeno sam pogledao taksista. Nije me odvezao u hotel, pokrao me nije – što taj luđak zapravo želi? Taksistu sam pri polasku natuknuo ime hotela "Plaza del Sol". Taj me je dobri čovjek doista dovezao, ali na trg koji se zvao "Plaza del Sol". Kad mi je međunarodnom gestom pokazao da smo tu, bilo mi je jasno da je nastao još jedan, neočekivani problem. U cijeloj nekolikomilijunskoj Guadalajari jedina mi je orijentacijska točka bio hotel "Plaza del Sol" koji je na nesreću bio imenjak ovoga pustoga trga s parkom. Taksist nije razumio engleski, a ja nisam znao španjolski. Uvjeravam vas da se najnapuštenijim na svijetu – uz druge prigode – osjećate kad vas vlastiti taksist ne razumije. Izaći sa svom prtljagom nije imalo smisla. Nisam imao kamo, a ni drugi taksist ne bi bio ništa pametniji. Taksistu nisam imao što drugo reći, jedino ponavljati "Plaza del Sol". Na to je ljubazno klimao glavom i nudio mi da izađem. U šahu se to zove pat-pozicija.
U jutarnjoj polutami bespomoćno sam se osvrtao oko sebe. U nepoznatoj zemlji i u nepoznatom mjestu, tisuće kilometara od kuće, tražio sam neki oslonac, naznaku, glas s neba koji će mi uliti nadu i ohrabriti me za daljnje korake. I našao sam ga. Uz taksi, na strani na kojoj sam sjedio, bio je dugi niz niskih zgrada koje su činile kraću stranu pravokutnog trga s parkom. Sve su zgrade bile trgovine ili restorani. Sve su bile zatvorene ili mračne. Samo s jedne od njih, upravo s one pred kojom smo stajali, svijetlio je u jutarnjoj polutami veliki neonski natpis, a na njemu je bila tek jedna jedina riječ - SLOVAČKA. Prvo mi se činilo da od nespavanja imam halucinacije. Taj natpis ovamo, kao uostalom nikamo drugamo u svijetu, nije pristajao – bio je naime i napisan na slovačkom. Tamo nije bila engleska SLOVAKIA ili španjolska ESLOVACA, nego doista naška SLOVAČKA. To nije mogao napisati nitko drugi doli neki Slovak koji je davno prije mene ovamo zalutao i očito ne samo preživio nego i sagradio spomen na našu zajedničku domovinu. Pri pogledu na taj neonski natpis shvatio sam da se ovdje jednostavno ne mogu izgubiti.
Onaj hotel nesretnoga naziva "Plaza del Sol" uskoro smo pronašli na suprotnom uglu trga.

Translation: Siniša Habijanec

Wednesday, December 9, 2009

Essay in French VI

NOTRE AUTRE MOI

(PART VI)

Essay by Gustáv Murín

Fins des bonnes intentions

La description la plus pertinente de la relation aux animaux domestiques est le fait du célèbre acteur tchèque Vlastimil Brodsky :

« mon chien Hugo n’a pas l’intention de divorcer d’avec moi, il ne demande jamais combien je gagne. Cet amour m’est tellement voué, qu’aucun amour humain ne le dépasse. Il est plus durable aussi parce que justement il ne peut être rationnel. Le chien est le plus fiable de tous les partenaires. »

Et il est bon de prendre conscience que la population des états développés vieillit. Vers l’an 2000 un citoyen allemand sur trois aurait plus de 60 ans. Au recensement de la population en 2001 dans les Pays Tchèques, sont dénombrés davantage d’habitants de plus de 60 ans (1 883 783) que d’enfants de moins de 14 ans (1 654 869). Très bientôt les 65 ans dépasseront les 15 ans dans la population. Sur l’ensemble de l’Union Européenne les gens âgés qui devraient atteindre les 100 millions, vont inonder l’Europe du troisième millénaire. D’où l’on peut logiquement attendre que le besoin d’animaux domestiques augmente encore. A cela Brodsky ajoute :

« Plus la personne est âgée, plus elle aspire à l’amour, car elle se retrouve seule et chacun craint la solitude. »

A cela il convient d’ajouter que Monsieur Brodsky s’est finalement donné la mort, ce dont son petit chien fidèle Hugo n’a malheureusement pas pu le détourner.

Oui, les rapports humains sont plus complexes et un vieux proverbe chinois disait déjà que « c’est au sein de la famille que nous vivons les drames les pires. Au moment de la retraite on perd le collectif de travail, où nous pouvions parfois nous sentir comme dans une deuxième famille. Les liens avec la famille sont compliqués par les questions d’héritage et le contact se perd aussi d’avec la plus jeune génération des petits enfants qui ne vivent pas sous notre toit dans des foyers multi générationnels comme c’était de règle pendant des siècles. Ainsi l’animal reste par réciprocité une solution logique. Exemple avec la joueuse de tennis très controversée Martina Navratilova qui déclarait « Pour moi, la famille c’est mon chien ».

Cette citation éclaire le grand changement radical, sur lequel nous essayons de vous alerter. Des millénaires durant, les animaux domestiques ont complété la famille humaine, aujourd’hui ils la remplacent. Exemple avec l’ami des bêtes (et de enfants) mondialement connu, qui, à cause de cela, s’est offert tout un jardin zoologique. Vers ses 42 ans le chanteur Michael Jackson dormait avec dix-sept figurines. « Six modèles d’adultes et onze modèles d’enfants, mais tous ont l’apparence d’êtres vivants. » expliquait aux media sa décoratrice Charmian Carre, « Michael aime bien ses poupées, elles lui donnent le sentiment qu’il a de la compagnie » Et nous serons certainement tous d’accord que, comparées aux poupées, la compagnie des animaux est ô combien plus agréable et même plus naturelle .Mais cela n’en fait pas des êtres humains, qui restent irremplaçables pour la communication.

Oui, les animaux sont presque comme un autre moi. Mais le sens de leur existence et même leur apport à nos vies reposent seulement sur leur statut d’animal. Vouloir remplacer les êtres humains constitue une impasse. Pour une vie pleine et de qualité nous avons besoin de toutes les formes de communication sociale. Ne faisons pas des animaux, des êtres humains et ne permettons pas qu’à cause de cette chimère les êtres humains se mettent au niveau des animaux.



(The End)


Traduit par Guy Chayvialle

Wednesday, December 2, 2009

Essay in French V

NOTRE AUTRE MOI

(PART V)

Essay by Gustáv Murín

Où en sommes nous arrivés?

Chez certaines personnes les animaux remplacent d’autres personnes qui leur manquent pour diverses raisons. Leurs chéris sont vraiment des « personnes idéales » justement parce qu’elles sont totalement dépendantes de leurs maîtres. Elles sont aimées aussi car muettes. Autrement, elles prendraient conscience que leurs maîtres et l’amour qu’ils leur portent sont très surprenants et inamicaux.

Mais il ne convient pas d’accuser les individus pour cette forte violation de la réalité. Nous devrions plutôt la recevoir comme un sérieux signal d’alerte sur l’état de la société, où trop de gens esseulés, isolés, non communicants se retrouvent au milieu d’une foule toujours plus dense. Cette substitution d’animaux à la communauté humaine nous dit quelque chose de primordial. Un certain David Watts de Caroline du Nord a remplacé la compagnie des hommes par un troupeau de moutons, qui a emménagé au rez-de-chaussée de sa maison. Jusqu’à quatre-vingt de ces moutons s’entassaient sur le sol recouvert de paille et d’aliments. Lors de l’intervention de la police, il s’avéra pourtant que cet amour avait ses limites, car certains moutons étaient en si mauvais état, qu’il fallut les euthanasier. Pareille mésaventure ne menaçait pas le petit chien appartenant à un couple de retraités de la ville indienne de Hyderabad, qui l’aimaient comme leur propre enfant qu’ils n’avaient pas eu. De plus ils restaient à l’écart de l’existence humaine et ce petit chien était leur seul joie de vivre .Lorsqu’il mourut et qu’ils l’eurent mis en terre cérémonieusement, ils se firent disparaître aussi. Aucun doute ne pèse sur cette raison de leur mort, puisqu’ils laissèrent une lettre d’adieu à leurs proches.

Ces deux exemples sont le produit de notre siècle, le symptôme du niveau atteint par notre civilisation. Les animaux ne sont là que des médiateurs des informations auxquelles nous devrions prêter une oreille attentive. Sur la solitude au milieu de la foule, sur la solitude au milieu des outils techniques qui nous entourent et qui de manière étonnante nous éloignent du contact direct avec l’alentour. La technique raccourcit les distances, mais aussi elle nous écarte de ceux qui nous sont les plus proches. A un tel point que nous communiquons chaque jour avec des gens éloignés de milliers de kilomètres, mais ne connaissons pas nos propres voisins. Nous ne passons pas de bon temps avec eux, nous ne vivons déjà plus dans les familles d’antan que les animaux remplacent.


Proches du chien ?

Mais le pire est de faire face à l’énorme quantité de ces relations de remplacement, qui débouchent sur un raccourci de la pensée, qui est, dommage !, logique. La Britannique Dominique Lebirel assure : « De nos jours, il est très difficile de nouer une relation sérieuse et durable. Les divorces sont à la mode, lors du mariage souvent domine la crainte de savoir si c’est pour toute la vie ». On ne peut qu’être d’accord avec cela. Mais dans les constructions intellectuelles raccourcies, même une observation correcte peut aboutir à une conclusion très choquante La femme écrivain mentionnée indépendante ajoute: « Les animaux sont bien plus fidèles que les êtres humains Ils ne nous abandonnent pas dans les situations graves, ne nous trahissent jamais et leur amour est sans conditions. Alors la conclusion logique ? Cette femme, après des échecs avec les hommes, leur a trouvé un substitut avec une corneille, deux chats et une chèvre, mais avant tout avec le mariage des animaux et des êtres humains. Elle n’est pas la seule. Sous le slogan MarryYourPet vous trouvez sur Internet des dizaines de pages Web de petites annonces de ce service et même une dite révérend Mathilde, qui est sûrement une routinière de la célébration de ces couples mal assortis.

Mais par bonheur sur Internet on trouve plus de blagues sur ce thème, qu’en réalité de sérieuses « love stories » avec « happy-end » dans la salle de mariages de Dominique, ou Mathilde, l’entremetteuse.




(to be continued)

Wednesday, November 25, 2009

Essay in French IV



NOTRE AUTRE MOI

(PART IV)

Essay by Gustáv Murín


Qui est le chef ici ?

En 2004 à Athènes avant les J.O. ils ont résolu un important problème. Depuis des décennies, le centre de la ville était infesté de chiens errants.

Alors ils attrapèrent la majorité d’entre eux et les emportèrent de la ville. Et les voilà de retour. En les regardant attentivement on remarque que certains ont des colliers avec des marques d’identification dessus. Mais visiblement aucun des propriétaires originels ne s’en préoccupe beaucoup. Ce n’est pas un gros problème, car si vous ne leur prêtez pas attention, ils font de même avec vous. Les problèmes apparaissent lorsqu’ils sont en meute affamée.

Des chiens errants on en trouve à Belgrade, Kathmandou, pratiquement dans chaque ville du monde. Les gens les y ont amené de force. Les conséquences en sont parfois horribles. Dans mon quartier natal de Krasnany un des plus beaux et verts de Bratislava, il y a peu deux chiens de combat ont agressé un homme qui partait tôt au travail. Blessé plusieurs fois, il n’eut la vie sauve que grâce à une clôture. Lorsque les policiers les abattirent, leurs propriétaires portèrent plainte pour le remboursement des dommages pour les chiens euthanasiés.

Les victimes les plus tragiques sont les enfants. Il sera marqué à vie le gamin dont les bonbons se sont répandus dans la rue. Le chien errant commence à se battre pour eux avec le gamin, résultat un visage de gamin déchiqueté. Deux chiens loup ont encore mutilé une gamine de 11 ans qui au cours de gymnastique courait dans le parc .Ce sont les récits d’un tueur de chiens que nous avons en Slovaquie justement dans la ville de Zvolen. .Ville déjà mentionnée pour son nombre record de chiens élevés à la maison. Bien sûr que les cas d’attaques de personne est de loin plus important que les cas mortels. Dans les pays Tchèques, les médecins ont soigné en 2002 les blessures pour attaques de chien de 363 personnes, et l’année suivante déjà 571 agressés.

On pourrait considérer tout cela comme une quelconque mésentente entre espèces. Mais partout où se sont ruées vers les villes des hordes de singes, on constate leur agressivité manifeste. Ces singes nous prennent pour un attrayant objectif d’agression, vandalisent les boutiques, mais aussi les gens dans la rue. Le pire se déroule en Inde, où les hindouistes les vénèrent comme l’incarnation du dieu singe Hanuman et souvent les nourrissent de bananes et de pommes de terre. Leur nombre et leur agressivité avaient atteint une telle intensité que les autorités municipales de la métropole Delhi dans le passé avaient recruté des chasseurs de singe qui avaient pour tâche de capturer les primates et de les transférer dans les forêts. Une autre méthode consistait à dresser des groupes de grands singes bagarreurs qui pourraient pourchasser les petits groupes de singes pus petits. Tout cela sans succès, face à tant de singes qui pénètrent dans les bâtiments officiels et les temples, effrayent les pèlerins et leur volent leurs provisions. C’est le sort qui échut à l’adjoint du maire de la métropole indienne qui mourut au cours du week-end, après une chute du balcon de sa maison, où il s’efforçait de repousser l’attaque d’une meute de singes sauvages. Le paradoxe est qu’il était justement accusé par le Parti populaire Indien d’opposition, d’impuissance à débarrasser la métropole des calamités de ces singes.

La conclusion est simple. Alors que nous oublions que les animaux sont régis avant tout par des instincts bestiaux (et par conséquent aussi des instincts de tueurs), eux ne l’oublient pas. Et ils ne les ont d’ailleurs jamais abandonné. Et les curiosités sur un amour du chat et du chien, ou du serpent et de la souris, sont de simples curiosités.

L’amour des animaux chéris a-t-il franchi les limites du raisonnable ?
Ainsi résonnait le sous-titre d’un reportage du magazine Stern sur la poursuite de l’humanisation des animaux. Depuis des siècles déjà nous ne nous contentons plus seulement de la diversité des espèces animales que nous a légué la Nature. De nos jours 1200 espèces de chiens sont officiellement enregistrées. Plusieurs espèces de races domestiques sont croisées pour imiter les bébés : grands yeux, larges pommettes, poil doux. Et dans l’effort de créer une véritable rareté non naturelle, sont apparus aussi des chiens et des chats glabres, qui, sans l’incubateur que constitue le foyer et les attentions que leur prodiguent les êtres humains ne seraient déjà plus de ce monde. Une telle race nue chinoise est très prisée en Allemagne, bien que le coût d’un seul chiot oscille entre 10000 et 15000 euros. Pour certains bulldogs prime surtout une tête énorme, qui. étant trop grosse pour une mise à bas normale, ne pourrait donner naissance à la majorité des chiots sans césarienne. Le derrière biaisé du corps du chien de berger à la mode en Allemagne revient à payer cher une forte déformation des articulations. Les chiens nains tels le pékinois, le yorkshire, le chihuahua, ou le mops viennent souvent au monde comme sans avoir envie de vivre. A certains endroits ils ont la boîte crânienne mince comme une coquille d’œuf voire même trouée. Lorsque le cerveau est si faiblement protégé, il suffit parfois d’une tape amicale sur la tête et vous expédiez le chienchien dans l’autre monde. Ces chiens-là ont de fréquentes inflammations de la cornée. Jusqu’à 90 % des pékinois ont des problèmes articulaires, sont incapables de marcher et seraient vraiment justiciables de la chaise roulante.

Patricia Walz, docteur vétérinaire à Bonn, demande l’interdiction des animaux glabres. N’ayant que quelques dents fragiles qui se cassent facilement, ils sont dans l’incapacité d’absorber une nourriture solide .Selon le zoologue Thomas Bartels de l’Ecole supérieure vétérinaire de Hanovre toute cette armada de monstres animaux est le résultat de la quête de reconnaissance, d’admiration et de profit financier de la part des éleveurs.

Pour toutes ces raisons, il est tout à fait légitime de se poser la question de savoir jusqu’ où nous conduit encore cette humanisation des animaux domestiques. Car il pourrait aisément vous arriver de vous réveiller un jour et de poser avec surprise à votre sous-locataire à quatre pattes la question : »Chéri, est-ce bien encore toi » ?



(to be continued)

Wednesday, November 18, 2009

Essay in French III

NOTRE AUTRE MOI

(PART III)

Essay by Gustáv Murín




Vivons nous dans l’erreur ?

Suprême paradoxe que ces preuves d’amour envers les animaux qui font l’admiration de la société entière, mais qui représentent du point de vue sentimental conscient un investissement à sens unique. Les animaux, tels des automates vivants, nous copient fidèlement nos sentiments supposés, mais la base n’est pas consciente, elle est juste réflexe.

Pour les chats par exemple nous ne sommes absolument pas des êtres aimés, mais des serviteurs qui les servons fidèlement, comme pour le lord anglais le servait son valet indien. Lui aussi parfois récupérait des vêtements déjà portés, voire des bonbons en récompense. On peut émettre l’hypothèse selon laquelle même la façon qu’a le chat de se frotter contre nos jambes en signe de bienvenue n’est en fait rien d’autre que son réflexe pour nous marquer avec la graisse de ses oreilles. Il est en revanche tout à fait certain qu’il ne faut pas compter sur un amour vrai de la part d’un chat.

De plus les animaux ne réagissent pas à nous comme à des êtres concrets mais face à un réflexe conditionné et primitif. Il est aussi bien connu depuis belle lurette qu’à la différence des gens, ils ne savent pas corriger leur rapport sentimental à l’épreuve des faits. Ce qui rend possible de remplacer une mère biologique par un jouet mécanique que les petits canetons, à un certain stade d’évolution, suivront aveuglément. Ainsi c’est seulement grâce à cela que William Lishman, canadien passionné de vol en deltaplane à moteur, réussit avec ses amis à dresser tout un troupeau d’oies à le suivre en vol comme leur autorité naturelle, inculquée dés la naissance. Pour elles, le deltaplane à moteur représente la mère à laquelle elles sont soumises aveuglément, et ni le bruit du moteur, ni la créature étrange que manipule leur mère ne les soucie.

Nous prenons ce cas extrême afin d’expliquer jusqu’où est déjà parvenue notre « hominisation » des animaux, et la mythologisation de leur ressemblance humaine. On peut aussi introduire un exemple historique de l’ampleur prise par un tel amour envers son propre animal.


L’amour passe par le ventre

Salvador Dali et sa femme Gala avaient sur leurs vieux jours un lapin apprivoisé, qu’ils adoraient et qui était toujours avec eux. Mais un jour qu’ils devaient se préparer à un long voyage, ils affrontèrent le dilemme habituel de tous les propriétaires d’animaux domestiques- que faire de lui ? Ils en discutèrent jusqu’à la nuit. Le lendemain Gala prépara un excellent déjeuner

et à cette occasion fit part de sa décision. Elle était dans les assiettes. D’après elle, c’était pur bonheur que celui qu’elle aimait, pénètre en son intérieur sous une forme appétissante et se fonde amoureusement dans son corps. C’était selon elle une fusion plus aboutie que le sexe. Il convient d’ajouter que cette logique fit vomir Dali.


Quand c’est trop, c’est trop…

D’après l’article du professeur Oto Ulca jusqu’à presque deux tiers de tous les foyers aux USA abritent quelque petit animal gâté. En 1992 on comptait environ 48 millions de chats, et 15 ans plus tard, en 2007, déjà plus de 70 millions. A cela ajoutons 60 millions de chiens. Cet amour des bêtes est aussi une grosse affaire. En Italie les dépenses courantes pour un animal domestique se montent en moyenne à 46,9 euros par mois. Soit quatre fois les dépenses d’un foyer italien pour les livres ou les supports pour musique. Presque la moitié des propriétaires aux USA n’hésite pas à dépenser n’importe quel montant pour l’agrément de son chéri. L’organisation American Pet Products Manufacturers Association évalue le chiffre d’affaires annuel de cette branche du marché à plus de 38,4 milliards de dollars.


Les animaux dans la ville

Ce qui est petit est gentil. Mais s’il y en a trop, les problèmes surgissent. Un petit chéri de chien c’est le bonheur, mais des dizaines de milliers de ces chéris dans une ville, c’est le début des embarras. Les animaux en ville nous aident à surmonter le paradoxe de la solitude dans la foule. Bien qu’ainsi nous les traînions dans un milieu qui n’est pas leur milieu naturel et qu’à l’inverse leurs besoins naturels dépassent la capacité d’absorption de ce milieu. Et oui il s’agit aussi de cela.

D’après les statistiques les passionnés les plus nombreux d’animaux domestiques sont les Italiens. Un par personne, nouveaux-nés compris. Ils détiennent dans le pays 25 millions de poissons d’aquarium, 12 millions de et de perroquets, 8 millions et demi de chats et 7 millions de chiens. Les chiens règnent sur les foyers des Etats-Unis (jusqu’à 21 pour 100 habitants), suivis de l’Australie, de l’Irlande et de l’Angleterre. A elle seule la reine d’Angleterre en possède quatorze. En France un habitant sur cinq en détient. Et un chauffeur de taxi parisien sur sept garde son chéri avec lui pendant son service. Dans l’ensemble de la capitale du pays on enregistre 200 mille chiens, soit un chien pour dix habitants. A Zvolen en Slovaquie centrale il y en a 11 mille, à savoir un pour quatre habitants. Cela s’explique aussi parce qu’en réalité il y a à Paris cinq fois plus de chiens que déclarés par leurs propriétaires, à cause des redevances. Cela n’aurait pas d’importance, si les non déclarés ne devaient eux aussi sortir faire leurs besoins. Ainsi, chaque jour à Paris, ils produisent pendant leurs promenades quotidiennes avec leurs maîtres jusqu’à 10 tonnes d’excréments. La solution aurait pu être via les motos balayeuses spéciales, mais leur utilisation coûtait à la ville plus d’un demi million d’euros par an. D’où la décision d’obliger les propriétaires à nettoyer après leurs chiens sous menace d’amende pouvant aller jusqu’à 230 euros.

Ce problème ne dérange pas seulement les autorités parisiennes, ainsi dans la ville finlandaise de Turku sont essayées les premières toilettes au monde pour chien, placées dans un parc de la ville. Elles sont équipées de bornes à pipi entourées de sable blanc. Une idée très semblable était déjà dés 1993 apparue aussi dans le dixième arrondissement de Prague, où cette année là avaient été perçus des propriétaires des 3800 chiens des redevances administratives pour plus d’un million de couronnes, soit environ 30800 euros. Ce qui semblait un capital suffisant pour installer 33toilettes publiques pour chiens. D’autres quartiers de Prague et la métropole morave de Brno manifestaient de l’intérêt pour cette expérience. Mais il ne semble pourtant pas que cette idée ambitieuse ait eu du succès Car dix ans après, le populaire metteur en scène tchèque Zdenek Trosek se plaignait dans un entretien avec la presse que « nos parcs à Prague servent essentiellement de toilettes pour chien.

Comme les chiens ne savent pas encore lire, ils n’ont pas de problème pour sortir faire leurs besoins dans l’aire de jeu pour enfants au lieu du parc. Selon une émission de radio, à cause de cela, jusqu’à 200 infections différentes pourraient menacer les enfants, mais Madame la rédactrice en chef a probablement exagéré. Pour autant ce n’est certainement pas sain. Impossible d’affirmer que ceux que l’on nomme « les canilâtres» n’en sont pas conscients. Oui, j’ai vu lors d’une promenade à Vienne une femme élégante qui mettait dans un sac les déjections de son chien. Mais je vois aussi comment, chaque jour dans notre quartier, pourtant bien doté en parcs, les propriétaires de chiens ignorent ostensiblement les poubelles à déchets spécialement équipées de sachets que l’administration municipale a fait installer aux frais non négligeables de nous tous, apparemment inutilement.



(to be continued)

Wednesday, November 11, 2009

Essay in French II


NOTRE AUTRE MOI

(PART II)

Essay by Gustáv Murín



Nos clients à quatre pattes

Si nous nous absentons, des « dogsitters », mieux payés que des « babysitters », se précipitent auprès de nos chéris esseulés ! Des « hôtels » pour animaux domestiques est sortie une apparition. A Los Angeles le Pet Orphans Fund (ou Fondation pour les animaux orphelins !) offre à chaque chien vagabond, outre la garantie d’une nourriture équilibrée, un local carrelé avec tapis, divan et télévision. Combien de sans domicile fixe de Los Angeles seraient ravis d’avoir un tel luxe, mais ils ne présentent sans doute pas le même intérêt que les chiens. Dans le New York Times (24.9.2006), un reportage argumenté décrit le Top Dog Country Club de New Germany, état du Minnesota, où, aux réalisations déjà présentées s’ajoutent piscine, nourriture de luxe, possibilité d’écouter de la musique, et même des soins de pédicure avec. vernis à griffes. Tout cela dans des bungalows clôturés, des villas ou des suites. Dans les niches ne vivent plus que les chiens prolétaires.

Un certain Blake Walliser de Denver, état du Colorado, a installé dans son hôtel pour chien, dans lequel travaillent à plein temps quatre employés, un système de caméras. Grâce auquel les propriétaires des « hôtes de l’hôtel » peuvent, lors de leurs vacances sur le îles Hawaï ou sur l’Himalaya, vérifier personnellement à distance, comment se portent leurs chéris.

En Slovaquie, on raconte le cas d’un vétérinaire qui fut confronté à une tâche pas facile. Une certaine dame lui rendit visite avec une demande qu’aucun hôtel ne pouvait satisfaire. Et donc, elle avait recours à un spécialiste ! Cette dame qui devait partir en vacances demandait au docteur vétérinaire, qu’il veille pendant ce temps sur « son » mouche (elle affirmait en effet qu’il s’agissait d’une mouche mâle). Après une courte hésitation, le vétérinaire se prit de pitié pour cette femme et accepta cette tâche inaccoutumée. Mais les portes à peine refermées derrière cette dame, le problème se présenta. De quoi se nourrit le mâle de la mouche ? Tous les aliments disponibles dans le commerce comptent sur le plus de clientèle possible, et de la bouse de vache dans le cabinet de consultation ne serait pas du meilleur effet. Ce dilemme n’ayant pas pu être réglé pendant l’absence de la propriétaire « du » mouche, le pensionnaire concerné termina ainsi son chemin de vie. Mais le vétérinaire ne renonça pas et dégotta à temps « un » mouche frais (cette fois là déjà un petit mâle de mouche démontré) et le remit solennellement à la dame émue. Il soupira sincèrement quand elle sortit, mais il n’en était pas quitte pour autant .Une semaine plus tard, la dite dame revint et régla au dévoué vétérinaire des honoraires supplémentaires, car « son » mouche était maintenant bien plus alerte et portait sur lui la preuve des soins d’un spécialiste. Cela a t’il besoin de commentaire ?


Même différents, ils nous ressemblent tout à fait

Le type de nourriture en conserves mentionné, mais surtout la vie « humanisée » de nos chéris, les porte à adopter avec notre style de vie la panoplie presque complète des maladies civilisées. De bonne foi nous imposons à nos chéris notre mode de vie et ne voulons pas reconnaître qu’avec le bon nous leur refilons aussi le mauvais. Ainsi nos chéris souffrent-ils de névrose, de dents cariées, d’ulcères à l’estomac, mangent trop et sont obèses, sont sujets à des crises d’épilepsie, et meurent d’infarctus et de cancer tout comme nous. Ils ont aussi des maladies typiquement civilisationnelles comme les allergies. A Broumov, en pays tchèque, on a même soigné un cheval de course allergique à …l’avoine.

Et afin de faire le tour complet du processus d’humanisation de notre alter ego, nous leur prescrivons des régimes à suivre, leur délivrons des pilules contre cette névrose et les services de soins vétérinaires réguliers nous sont devenus une évidence. Mais peu savent que ces derniers franchissent déjà maintenant et de loin la limite des soins courants pour un animal malade.

Pour les champions pure races des diverses concours, il en va non seulement de leur santé, mais aussi de leur beauté. On leur pose des couronnes métalliques, voire des dents complètes en céramique. Une spécialité : l’arrachage de dents et le brossage du tartre sous anesthésie. Les participants au 16e congrès international de vétérinaires à Vienne recommandaient « …de laver les dents au chien, qui par manque d’hygiène est menacé des mêmes problèmes que son maître ».

Les colosses pharmaceutiques se font la course avec leurs offres de produits contre les maux, depuis l’arthrite jusqu’à la sénilité. Les vétérinaires se spécialisent -des anesthésistes, via les chirurgiens orthopédiques jusqu’aux toxicologues. Et les psychiatres ne sont pas en reste ! A Westbury, état de New York, vient d’ouvrir un centre médical vétérinaire doté d’installations complexes, comprenant radiothérapie, ….., résonance magnétique…….et kinésithérapie. On y pratique couramment des opérations du cœur, des transplantations de reins, des soins oncologiques. Selon les informations de l’Evening Standard, Madame Lise Hansen a inauguré en 1988 à Londres la première clinique vétérinaire homéopathique. A Kostelec nad Ohri on dispose d’un « centre de transfusion pour chien ». La chaîne de télévision C.N.N. fait de la publicité pour l’acuponcture pour chien, mais l’offre ne s’arrête pas là. Aux U.S.A. une opération de pose de radio simulateur cardiaque, avec garantie de 3 ans et demie, sur un doberman peut coûter jusqu à 1100 dollars. Ils y ont aussi introduit dans l’église une cérémonie particulière : la bénédiction d’animaux (probablement en cas de panne de stimulateur cardiaque).

Et si tout cela ne suffit pas, le dernier recours est le bureau spécialisé de pompes funèbres. Un cercueil garni de soie bleue ou rose plus une cérémonie digne de deuil, ressortent à 1500 dollars. Ainsi le dernier adieu à votre chéri n’est-il déjà lui non plus laissé au hasard. Au château d’Edinburgh on montre fièrement aux visiteurs le cimetière pour chiens qui remonte à plusieurs siècles.

L’amour après la mort

A en croire un titre d’une certaine feuille de choux tchèque- « Une femme a sauvé un chiot en lui faisant du bouche à museau »- nos chéris peuvent déjà aussi compter sur le premier secours médical ! Mais quelques cas connus existent où, pendant l’ouragan dévastateur Katrina, des gens ont risqué leur vie, et même ont péri, rien que pour sauver leurs animaux adorés.

On peut également mentionner le cas concret d’un homme de la République Sud Africaine, qui n’a pas hésité à risquer sa vie pour son chien. Monsieur Len Stock se promenait avec sa femme et ses six chiens, quand l’un d’eux sauta dans l’eau. Lorsque l’homme entendit des sons étranges, il pensa que son chien avait eu un infarctus et lui sauta après à son tour. Le chien disparut sous la surface, l’homme le saisit et le sortit- de la gueule d’un crocodile.

Marie Coleman, une fillette australienne âgée de cinq ans a même été distinguée pour avoir sorti son chaton Sooty de la gueule d’un python long de trois mètres. La question reste de savoir si cet héroïsme n’était juste que manque d’imagination sur les conséquences que peut avoir un véritable combat avec un énorme serpent.

Pourtant bien plus souvent une bonne somme d’argent suffit à sauver le petit chéri trop gâté. Un bel exemple de cette sollicitude nous vient du célèbre acteur français Belmondo, qui gavait son petit chien de tant de bonnes choses qu’il engraissa et eut un infarctus. Belmondo ne spécula pas et paya pour sauver l’animal des sommes horribles à un spécialiste qui s’en trouvait bien lui aussi car depuis Belmondo n’en avait pas changé. Allant jusqu’à l’inviter aux croisières sur son yacht. Sauf que par grand vent le bateau bondit soudain, que l’ami des animaux perdit l’équilibre et qu’en tombant il écrasa le petit gâté sous son propre poids.

Quant à savoir s’il y a un enseignement à tirer de tout cela, je vous laisse en décider…


(to be continued)

Wednesday, November 4, 2009

Essay in French I


NOTRE AUTRE MOI

(PART I)

Essay by Gustáv Murín


Après tous ces siècles, franchis par les animaux parvenus à cohabiter avec les hommes, ils étaient fondamentalement toujours restés eux-mêmes. En ce début de 21e siècle ce n‘ est plus le cas. Ils commencent à nous ressembler, et à un tel point déjà que parfois ils s‘ écartent de leur condition animale.

Le genre humain a une étrange particularité. Non content d‘ avoir ses propres problèmes, il se délecte encore de leur en ajouter d‘ autres.

Par exemple, il est évident que la décision d’alors de la première femme de Paul Mac Cartney de devenir végétarienne était purement son affaire. Mais elle en décida également à la place de son chat, qu’elle força à devenir aussi végétarien. Attitude imbécile que l’on ne cultive pas uniquement chez les Mac Cartney, mais qui nous est à tous, je le crains, dangereusement proche.

Chéri, est ce bien encore toi ?

Les animaux sont les chéris des amateurs d’animaux de compagnie. Tellement choyés que nous n’avons pas remarqué que de leur domestication procède leur humanisation.

L’hominisation a remplacé l’apprivoisement. Le comportement de nos animaux chéris nous ressemble toujours plus, de même que leurs maladies et jusqu’aux services que nous leur proposons.

Ce sont surtout les chiens et les chats, les représentants privilégiés de la domestication, et depuis des années, grâce à leurs maîtres, ils ne mangent plus n’importe quoi. Que diriez vous de « fines tranches en gelée et viande de bœuf », d’une « potée de viande de bœuf juteuse », ou encore de « fines tranches en sauce et viande de poule » ? Ce sont mot à mot les descriptions du contenu des conserves pour chien. Là où nous, êtres humains, devons rivaliser avec nos fameuses saucisses de Trencin aux haricots ?! Soit dit en passant, aux Etats-Unis, le propriétaire d’un chat dépense environ 252 dollars par an pour les conserves de nourriture. Les spécialistes en nutrition pour animaux domestiques (à savoir les nutritionnistes canins) vivent grâce à leurs préconisations des quantités quotidiennes de vitamines calibrées au regard de l’âge et du type de pensionnaire. Ainsi a t’on sorti un aliment appelé « Senior » pour chien d’âge avancé. Et même a-t-il été publié une étude sérieusement conduite portant sur la question de savoir si les chiens et chats placés, disposent, avec les conserves, d’assez de minéraux et de vitamines. A propos, les souris, aliment millénaire des chats, et les os, régime notoire des ancêtres des chiens, contiennent-ils assez de minéraux et de vitamines ? A vrai dire, nous dissertons sur quelque chose que nos chéris des villes ignorent depuis fort longtemps, leurs mères à quatre pattes ne leur ayant même pas lu de contes pour enfants.
De nos jours, l’offre de conserves ne se limite pas seulement aux saucissons et aux fromages de tête, mais d’après la station de radio B.B.C,. un certain Charles Craft produisait déjà, fin 19e. du Ketchup pour chien ! On dispose aussi de nourriture végétarienne, d’épicerie fine, d’aliments diététiques, et de nanan pour les gourmands Nos chiens chéris ne reviendront pas non plus bredouille des restaurants. En Autriche, en Italie et en Angleterre, vous trouverez à la carte un Menu dit pour chien, connu en France comme « Repas de chien ».Dans des gamelles avec l’inscription « Pour nos amis à quatre pattes », ils peuvent déguster du bœuf bouilli, du riz et des petits légumes. S’ils savaient parler, il est certain que d’aucuns demanderaient une nourriture à part. Et si d’aventure vous avez laissé votre chéri à quatre pattes à la maison, aucun problème ! Dans les restaurants branchés de Manhattan à New York, on vous emballe volontiers les reliefs de votre dîner, afin d’obliger votre chéri lorsque vous rentrez chez vous. Ainsi les animaux de compagnie peuvent s’offrir jusqu’aux spécialités de la cuisine internationale réservées aux êtres humains.

Au demeurant, certains animaux de compagnie sont nourris pratiquement uniquement avec de la nourriture artificielle .Leurs maîtres se contentent de granulés, avec lesquels il n’ y a aucune préparation, et qui se stockent aisément. Mais il se pourrait que cette façon non naturelle de se nourrir conduise à un comportement plus agressif ou tout au moins plus imprévisible de la victime de ce régime industriel.

Des services pour animaux, qui comblent les désirs des êtres humains ?

Il semble que nous transformions nos chéris complètement à notre image. Gilets tricotés, blousons imperméables, équipements de jogging et même petits bonnets pour les races d’intérieur, afin qu’elles ne prennent pas froid à l’extérieur- tout cela ne nous paraît déjà plus inhabituel. Mais à quoi leur sert-il alors d’avoir des poils ?

Les animaux domestiques, surtout les chiens, ont même des coiffeurs spécialisés ! On y utilise des champoings pour chats avec un pH adapté au pelage de chat. Un célèbre conteur américain Robert Fulghum dans un de ses essais pleins d’humour ; s’est arrêté sur le plus récent étalage d’assortiment y compris d’Eau de Cologne pour chiens. Et encore ignorait-il qu’en Slovaquie depuis 1998, on propose pour eux jusqu’à des horoscopes !

Dans la petite ville danoise de Malling s’est ouvert le premier cinéma pour chien. On y donne des films dans lesquels les héros principaux sont des animaux, des chiens essentiellement. Exemple, le film américain sur le Saint Bernard Beethoven. Au cours de la Seconde Guerre Mondiale, on a fabriqué des masques à gaz pour les chiens.

Il n’est pas rare non plus de donner des cadeaux aux animaux et d’organiser une fête pour leurs anniversaires. On peut commander aussi des massages et celui qui urine trop, peut recevoir des couches spéciales. A Prague j’ai eu l’honneur d’être présenté à une chatte qui était droguée, afin de ne pas pouvoir s’accoupler. Cette chatte passait toute sa vie dans l’appartement, prenait régulièrement des pilules contre ses fantasmes sexuels et, conséquence de cela, elle souffrait d’agoraphobie. Elle quittait l’espace libre pour se réfugier paniquée à la maison.

Pour ne pas avoir à sortir du tout ces animaux, certains maîtres plus paresseux ou plus débordés salueront certainement la possibilité d’installation d’un fitness en chambre pour chien. Au lieu de sa promenade régulière, leur chéri coure dans le séjour sur un rotopède canin.

Même la très sérieuse station de radio B.B.C. pendant l’Août étouffant de 1997, recommandait aux propriétaires de chats de leur passer, contre les grosses chaleurs, de la crème à bronzer sur les oreilles. En Janvier 1998, fut diffusée sur le réseau international, l’information selon laquelle en Australie les protecteurs de la nature distribuaient pendant les fortes chaleurs des esquimaux aux koalas, afin qu’ainsi ils se rafraîchissent. A noter que les koalas sont le symbole universellement reconnu de la Nature propre et originelle.


(to be continued)

Wednesday, October 28, 2009

Story in Macedonian

Чевли од антилопска кожа – Грузиска приказна



На една книжевна конференција во Грузија јас доживеав една од највозбудливите авантури во мојот живот. Организаторите, нашите млади грузиски колеги, сакаа да ни ја покажат во најдобра светлина нивната гостољубивост. На третиот ден од конференцијата организираа спонтана екскурзија до некој одамна заборавен дел од земјата преку лоши патишта низ планините, до непозната дестинација. Во едно мало градче организаторите нé оставија за да направат план за понатаму.

Додека чекавме со извесна несигурност за тоа што ќе се случува, можев да преземам само една активност за да се опуштам: да фотографирам. Ги извадивме нашите автоматски туристички фотоапарати со уверување дека корисно си го трошиме времето. Набргу бевме привлечени од една дрвена колиба со натпис – ПОПРАВАЧ НА ЧЕВЛИ. Колибата не беше интересна колку малото девојче и малото кутре на нејзиниот праг. И двете беа исполнети со детска љубопитност кога нé видоа. Имавме фотографирано по неколку пати, кога, одненадеж, слушнавме на руски, со грузиски акцент:

“Каде е Словакот?“

Зошто овој непознат мештанин ме препозна како Словак е мистерија која јас нема да бидам во можност да си ја објаснам до крај на животот. Но, во надеж за разумно објаснение, му кажав дека тоа сум јас.

Тој беше еден од луѓето кои постојат и во други земји и чиишто животи минуваат во друштво на мали групи луѓе на улиците од градовите или селата. Тие разговараат, пијат чај со многу внимание, обрнуваат внимание на она што се случува. Врз основа на ова мое предзнаење, мојот разговор со непознатиот, избричен човек во партали, започна на најлошиот можен начин. Тој дојде до мене, погледна директно во моите очи, и запраша со гласен, предизвикувачки тон, “Зошто го фотографираше сакатиот?“

Знаев дека сум во неволја. Во колибата со знак ПОПРАВАЧ НА ЧЕВЛИ може да има сакат човек – тоа е нормално за овој занает. Не го видов, не знаев дека е таму. Но, беше бесцелно да се извинувам. Човекот беше цврсто убеден дека има целосно право да му одржи лекција на странецот и знаеше, како што впрочем знаев и јас, дека може да се потпре на солидарноста на неговите улични пријатели. Сакатите и децата се свети во секоја земја. Клетва го чека секој странец кој ќе направи таква грешка – каква што јас, не сакајќи, направив.

Како што се случува во вакви моменти, оние кои можеа да ми помогнат стоеја наоколу молчејќи, во исчекување на крајот на оваа неочекувана драма. Познаниците на непознатиот човек започнаа да прават круг околу мене и мрдаа со ушите во очекување на она што следи. Сфатив дека треба да зборувам за сé друго освен за сакати луѓе. Ако зборував за сакати, ќе им пружев шанса за дисертација на тема арогантноста и неосетливоста на странците.

Во очаен напор да смислам нешто, започнав внимателно. “Знаеш, драг пријателе.“ Силно размислувајќи ги погледнав моите чевли од антилопска кожа и добив ненадејна инспирација. “Ја фотографирав оваа чевларска работилница зашто дома веќе немаме вакви.“

“Зарем навистина?“ Ме погледна со изненадување, но и со сомнеж. Знаеше дека го залажувам со менување на темата.

“Апсолутно. Замисли: ние произведуваме ужасни чевли што не вреди да се поправаат. Се прават само од вештачки материјали, а ние само ги фрламе откако ќе се скинат.“

“Навистина?!“ човекот воодушевено викна. Овие улични создавачи на мислење секогаш се задоволни кога ќе дознаат од странците нешто што им дава чувство на супериорност. Во тој момент тие станаа гостопримливи и самозадоволни, убедени дека сум полош од нив. “Ти си во лоша состојба.“

“Да, во право сте“, со радост се согласив.

“Каде оди светот?“, продолжи тој. Но, за момент не сакаше да се откаже од можноста за кавга, па почна да ме критикува. “Кога фотографираш, зошто не фотографираш нешто што е навистина убаво?“

Тој направи широко движење, поксжувајќи го плоштадот, кој не се одликуваше со ништо посебно убаво. Сепак, благодарение на тој гест, видов дека кругот на љубопитните се беше растурил од досадата која ги обзела. Јас победив, но морав да и’ ласкам на неговата гордост со стратешки комплименти. “Го чувам филмот за вашите прекрасни планини“, го убедив.

“Ах, да, нашите убави планини,“ грмна тој. Погледна наоколу за миг, како да сакаше да се увери дека денес се убави како и секој ден, а потоа, со практичен тон, додаде: “Живеам во близина, дојди на вотка.“

Кога се вратив дома, и’ ја раскажав на жена ми оваа приказна која се одвиваше во распон од страв до среќен крај. Таа не беше заинтересирана за моето раскажување, ниту за моќта на моите чевли.

“До вечност ќе ги носиш тие ужасни стари чевли. Би можел да си купиш нови!“

“Нови чевли?“ Јас ги соблеков и реков налутено: „Ова се последните примероци на чесни, рачно изработени, неуништливи чевли.“

Ги ставив под носот на жена ми за да ја докажам мојата поента. Со сезнаечки поглед, таа ја протресе главата, и, пред да ме остави со мојата наивност, забележа, „Тогаш погледни ги одблизу твоите неуништливи чевли!“

Ги погледнав моите сакани чевли и за малку ќе доживеев срцев удар. Тие беа целосно расцепени на ѓоновите. Кога стоев пред грузиската работилница за поправање чевли и водев војна со зборови со непознатиот човек овие чевли сигурно биле во слична состојба. Но не се предадов.

Во работилницата за поправање чевли во соседството веднаш се откажаа од поправањето на моите чевли.

“Вакви поправки не сме правеле одамна. Го поправаме само она што може да се залепи или да се сошие. Пробај во центарот.“

Се обидов и кај неколку работилници во центарот. Во последната беа многу трпеливи со мене. Жената зад касата ги стави чевлите во задниот дел и се врати со еден поправач – ветеран. Тој ги погледна, експертски го извади она што беше останато од нив и го понуди своето сочуство:

“Потребни се нови ѓонови, но ние не можеме да ви помогнеме. Пред дваесет години моравме да ја запалиме нашата стара добра опрема за поправање чевли. Во времето на комунизмот произведувавме премногу чевли, така што поправањето не беше кономично. “
Се сетив на оваа утописка идеја, ама сега сме повторно во капитализам. Или не?
“Добри чевли,“ рече тој и ми ги подаде назад со сожалување. “Денес не се произведуваат чевли со ваков квалитет. А во оваа земја никој не може да ги поправи. Можеби само...“
“Знам“, реков одеднаш. „Знам каде може да ги поправат.“
Дојдов дома и ги ставив моите сакани чевли на полица. Еден ден ќе мора да се вратам во Грузија.

Translation: Jasminka Markovska

Wednesday, October 21, 2009

Czech Translation

ZAKÁZANÁ MÍSTA

Asi všude na světě jsou místa, kam vám místní znalci nedoporučí jít. Ale snad nikde na světě jich není tolik jako ve Spojených státech. Proto jsem se nedivil, když nás norfolkský hostitel Ron Wray upozornil na nevábnou přízemní budovu s nápisem „Bar U dobrých hochů“. Vezli jsme se právě kolem pustou čtvrtí polorozpadlých domů z jeho domu k univerzitnímu campusu.

„Tam určitě nechoďte. Nemuselo by se vám to vyplatit“, upozorňoval starostlivě Ron. Tato dobrá rada patřila mně a kolegovi, slovinskému spisovateli Andreji Blatnikovi. Pustili jsme to z hlavy — náš spisovatelský program byl tak nabitý, že jsme na bar neměli čas a tenhleten by jsme jako cizinci beztak nenašli, ani kdybychom chtěli. V ten večer nás čekalo čtení našich povídek pro profesory a studenty Old Dominion University v Norfolku. Po něm následoval večírek na naši počest. Večírek se konal v bungalovu univerzitního campusu, kde byl Andrej ubytován. Jak čas pokročil, hosté včetně Rona se vytratili. Ostali jsme s Andrejem sami při skleničce na dobrou noc. Říká se, že stokrát nic zdolá i slona. Ta sklenička byla žel stoprvním ničím, co jsem si v ten večer dal. Hned jsem poznal, že je zle. Jedinou záchranou byl rychlý ústup spět k Ronovi, kde jsem bydlel. Andreji jsem bez meškání popřál dobrou noc, sedl do auta z půjčovny a vydal se na cestu.
Nebyla to dlouhá trasa, jen pár ulic, navíc jsem jí prošel už víckrát. Také jsem se oprávněně spoléhal na můj orientační talent, který se už osvědčil v jiných neznámých městech. Byl jsem si naprosto jist, že vše dobře dopadne.


Ale nedopadlo. Zabočil jsem po paměti do první ulice, do druhé a v třetí jsem pochopil, že jdu špatně. Obrátil jsem vůz a začal znovu - první ulice, druhá... Brzo mi bylo jasné, že jsem zabloudil. Ale ne úplně. Ve tmě a labyrintu stejných, přímočarých, opuštěných ulic mi zůstal jediný orientační bod. Přízemní budova s nápisem „Bar U dobrých hochů“. Zrovna ten, před kterým nás Ron tak důrazně varoval. Ať jsem dělal, co dělal, vždy mně k němu labyrint ulic přivedl. Přitahoval mně jako magnet. Zastavil jsem před ním několikrát, vždy zkusil ještě jiný směr a skončil opět před jeho neónovým nápisem. Bylo to široko-daleko jediné život připomínající místo. Za celý ten čas jsem nestřetl jediného člověka, či auto. Neměl jsem se koho zeptat na cestu, celá čtvrt byla jako po vymření. Byla hodina duchů a toto bloudění jako prokletí. Osudu se zjevně nedá vyhnout. Řešení té noci (když jsem neměl spát v autě v kterési z tmavých ulic této podezřelé čtvrti) bylo už jen v tom baru. Zastal jsem před ním a zvážil možnosti. Jít do baru aspoň dávalo šanci, že skončím svůj život při plném vědomí. Vypnul jsem motor, zamknul auto a vykročil odevzdaně k nevábné budově, z které se ozýval řev a hluk. V tváři jsem měl nepříjemný tik, ale nedalo se s tím nic dělat. Jediným pozitivem bylo, že od strachu jsem už úplně vystřízlivěl.

Když jsem vstoupil do podezřelého baru, čekal mě malý šok. Bylo tam poloprázdno. Ten obrovský řev šel z hracích skříní. A těch pár „dobrých hochů“, co tu byli, plně zaměstnávali místní výherní automaty. Na mne ani nepohlédli. Dokonce ani místní lehké žínky nepovažovali za potřebné věnovat mi pozornost. Barman, velký černoch pohodového výrazu, jemně nadzvedl obočí když jsem mu vysvětloval kam bych chtěl jít. Potom kývl hlavou, vyšel zpoza pultu, vyvedl mě před budovu a ukázal správný směr. Skočil jsem do auta a o pár ulic jsem byl bezpečně doma.

No a proč vám to tedy všechno vyprávím? Snad kvůli poznání, že dobré rady místních hostitelů je nutno respektovat. Jinak je váš osud už jen v rukou „dobrých hochů“...

Wednesday, October 14, 2009

Romanian Translation

Cei mai mari sîdin vest



Cîteodată e distractiv. Cum a fost cu merele meci de golf dintre Statele Unite şi Europa. Mai ales pentru că aşa de mulţ băieţi din echipa americană aveau nume cu o sonoritate tipic europeană. Dar în Ameroca există totuş şi chestii tipic americane. Cum ar fi Clubul de Noapte din Coralville, unde la fiecare zece minute – exact ca pe banda da asamblare a motoare Ford – apare cte-o tipă nouă pentru un strip-tease rapid. Bineînţeles, există star-ul serii. Odată cînd am fost acolo am văzut un număr cu Candee Apple, “Cei Mai Mari Sîni Din West”. Deşi reclamele mint adeseori, aceasta era chiar adevărată. Tip îşi baza cariera po “sănătoasele produse ale Naturii”. Bărbaţii stăteau ca fulgeraţi atunci cînd ea se oferea să culeagă cu sînii bancnote de un dolar din nasurile lor.
Sînt billog, îmi place s descopăr miracolele naturii. Ca un străin ce eram, si curiios pe deasupra, în loc să întru în joc, am încălcat regula şi am vorbit su ea. Şi iată, vă mărturisesc un secret. Adevăratul nume al lui Candee Apple e Galina – care e ucrainian. “Cei Mai Mari Sîni Din Vest” sînt din est…

Translation Ioan Radu Văcărescu

Wednesday, October 7, 2009

Story in German


Überschreitung der Grenzen



Beim Überschreiten der Grenzen kann man unterschiedliche Erfahrungen machen. Oder sich anpassen. Nachdem 1993 eine Grenze zwischen Tschechen und Slowaken entstanden war, wurde für mich das Überschreiten dieser auf einmal zu einem „unterschiedlichen“ Erlebnis.
Wenn Sie in die Tschechische Republik kommen, können Sie den typischen tschechischen Gruß „Nazdar“ (grüß dich oder pfiert dich) hören. Ich überschritt diese Grenze, kam nach Prag und hinter der Heckscheibe eines Autos mit amerikanischem Kennzeichen habe ich folgende englische Nachricht gelesen:
„Leute. Dieser Wagen wurde schon dreimal ausgeraubt, zum ersten Mal mit vollem Erfolg. Es ist nichts mehr drinnen geblieben. Nazdar! (Pfiert euch!).“

Wednesday, September 30, 2009

Story in French II


QUE FAIRE D'UN CHAT VOLANT?

Notre plus grand problème


Notre plus grand problème a commencé environ six mois après que Chipsy s'installe chez nous. Un beau matin elle se réveilla comme toujours dans mon lit et quand je partis me brosser les dents, elle y fit tout de suite pipi.

C'était horrible. La veille encore je la carressais, la serrais contre moi et sentais sa reconnaissance. Et elle, elle me salit ma couette le matin?

Le lendemain Chipsy se glissa habilement dans la chambre de mes parents et fit pipi sur le lit de Maman qui fut horrifiée. Papa, lui, ne fit qu'en rire. Le troisième matin il trouva à son tour un cadeau de Chipsy sur ses draps. C'était incompréhensible. L'éducation de Chipsy à l'aide des journaux n'a pas été efficace.

Nous n'avons pas pu la laisser aller ni dans ma chambre ni dans celle de mes parents.
Cependant il lui restait le salon, le bureau de papa, le couloir et la cuisine.

Mais un jour Chipsy pénétra dans le bureau de papa, ensuite il y avait des odeurs nauséabondes pendant une semaine. Depuis le bureau lui est interdit également. Pour un moment Chipsy s'est assagie et doucement, très doucement, tout redevenait comme avant. Seulement Papa a commencé à cacher ses chaussures, car Chipsy les avait aussi bâptisées.

Un soir nous regardions tous en famille un film intéressant. C'était un film à suspense que seul papa interrompait de temps en temps par la question – Où est Chipsy?

Pendant la pause publicité il la trouva – elle s'était faufilée à travers la porte entr'ouverte de son bureau et lui avait déposé son cadeau juste à côté de ses billets d'avion pour Bruxelles et des documents pour son voyage d'affaires. Pour compléter le tout elle avait aussi arrosé son cadeau. Il semblait que Chipsy allait s'envoler et dire bonjour pour la troisième fois à Mme Cavojska.

Maman réussit à la sauver en l'enfermant dans le cagibi et en cachant la clé. Papa fut terriblement fâché et nous n'avons pas pu voir la fin du film.

Les collègues ont conseillé à maman que nous fassions stériliser Chipsy. Après cela, elle devrait cesser de „marquer“ notre appartement. Chipsy a très bien supporté l'intervention et nous nous réjouissions tous qu'enfin notre foyer redevienne paisible. Et ce fut le cas pendant quelques semaines. De nouveau, tous les matins, je voyais notre chat assis près de la table de la cuisine qui attendait de Papa sa ration régulière de yaourt au bifidus. Tout allait pour le mieux.

Il y a trois semaines mes parents sont partis dîner et moi je faisais mes devoirs dans ma chambre. J'avais mes écouteurs sur les oreilles et donc je n'ai pas remarqué leur retour ni leur cri quand ils sont entrés dans le salon. Par erreur ils y avaient enfermé Chipsy pour toute la soirée et elle s'est vengée en marquant notre beau canapé. Malheureusement l'éducation par les journaux n'avait rien donné cette fois encore. Depuis, elle marque le canapé à chaque fois qu'elle réussit à pénétrer dans le salon. Nous ne pouvons pas la laisser y entrer. Il lui restait donc encore l'entrée et la cuisine. Mais finalement elle laissa aussi sa trace dans l'entrée et en plein milieu. Ce fut un cri horrible! Maman hurlait au-dessus du tapis, Papa utilisa toutes les expressions que les enfants puissent entendre (du style „cet espèce de chatte malpropre !“) et il convoqua un conseil de famille dans la cuisine.

„Cela ne peut plus durer!“ dit-il en frappant sur la table.
„Tu as raison,“ dit Maman d'une voix plus douce.
„Il y a une loi pour ça!“ trancha Papa.
„Une loi pour ça?“ s'étonna Maman.
„Cette loi dit – Trois fois et ça suffit!“ décida Papa.

Je ne pouvais rien dire contre cela. Notre Chipsy avait dérogé à cette loi une vingtaine de fois. Selon Papa ça méritait la prison à vie. Cela effraya Maman.

„La perpétuité mais où? S'inqiéta Maman.

„Sur le balcon“, déclara Papa qui avait à la fois le rôle de procureur, de juge et de gardien de prison.

Mes larmes coulaient en vain, même Maman ne venait pas au secours de Chipsy. Elle lavait le canapé, Papa frottait le tapis dans l'entrée. Au lieu de la tache sombre il y a maintenant une tache claire, car à force de frotter il avait fait un trou plus large que n'avait réussi à le faire notre chatte. Mais au moins il s'était calmé et une brillante idée lui vint à l'esprit.

„J'ai une idée géniale,“ s'exclama-t-il de l'entrée. Nous sommes allées l'écouter immédiatement.
„J'ai un ancien camarade de promotion qui a bien réussi en Angleterre comme psychologue pour animaux domestiques. Je lui écrirai, il va sûrement nous conseiller!“

Le psychologue pour animaux domestiques qui avait bien réussi en Angleterre nous conseilla surtout de ne pas punir Chipsy. Parce que ça la stresse. Papa se posa tout de suite la question s'il n'était pas génant que ce soit nous que cela stresse. Avec Maman nous ne disions rien, nous savions qu'un autre conseil nous attendait. Le conseil suivant était de mettre les croquettes pour chat partout où Chipsy faisait pipi. Aucune créature raisonnable ne transformerait pas la salle à manger en toilettes. Pour nous c'était très clair. Le troisième conseil était de jouer avec le chat régulièrement matin et soir jusqu'à ce qu'il soit fatigué. C'est ce que j'ai promis immédiatement. Nous avions la paix pendant trois jours, au quatrième jour le moment est venu de demander la grâce de la condamnée. Chipsy ne se plaisait vraiment pas sur le balcon et moi, c'est l'idée de m'en séparer définitivement qui ne me plaisait pas.

Papa hésitait : „Je ne fais pas confiance à cette chatte.“
„Mais moi, si! Elle a surement déjà compris,“ répondis-je au nom de tous les défenseurs de la condamnée.

„Nous pourrions essayer,“ ajouta calmement maman et elle prépara pour le dîner le plat préféré de Papa à savoir les galettes de pommes de terre.

„Mais ça sera sous votre seule responsabilité!“ dit papa après la huitième galette en s'emparant de la neuvième.

„Nous y arriverons surement, nous avons les conseils d'un spécialiste,“ le rassurai-je.

Chipsy fut libéré le soir même se conduisit d'une façon exemplaire.
Le matin elle nous raccompagna jusqu'à la porte en nous offrant un pipi devant le bureau de Papa. Suivant les bons conseils du spécialiste anglais, nous ne l'avons pas punie, nous avons nettoyé l'endroit et y avons versé les croquettes pour chat. Quand je suis rentrée de l'école, il y avait de nouveau des marques sur le canapé.

J'ai essayé de nettoyer en vitesse, mais le problème était que j'y ai renversé aussi des croquettes pour chat. Lorsque Maman l'a vu en rentrant du travail elle a failli s'évanouir. Mais nous pouvions encore supporter cela. Sauf que le soir lorsque Papa vint me souhaiter bonne nuit, il constata que j'étais allongée sous la couette que Chipsy avait eu le temps de marquer à nouveau en cachette.

N'essayez pas de savoir ce que Papa dit alors. La phrase la plus importante était:

„Viens donc voir un peu!“
Sur quoi maman vint effectivement me voir et déclara immédiatement qu'elle en avait assez, assez de nettoyer et de faire des lessives à cause du chat. Quand Papa entendit cela, il était clair que lui il en avait doublement assez. Et pour lui et pour maman. Il s'est mis dans une colère noire.

Pour des terroristes il n'existe pas d'amnistie possible. Ce chat doit quitter la maison.“
„Mais nous n'avons pas de maison,“ rétorqua Maman.
„Justement, c'est ça le problème,“ ne se laissa pas infléchir Papa, „si nous avions une maison, alors le chat vivrait dehors et nous aurions une vie normale. En attendant nous sommes otages des déjections félines! Il y a un seul endroit où elle peut vivre encore sans faire de dégâts – direction le balcon. Cette fois-ci pour la perpétuité éternelle!

Maman ne dit rien, elle lavait ma couverture à la main dans la salle de bain.
Papa, en colère, balayait les croquettes que nous avions entre temps éparpillées en petits tas presque partout dans l'appartement qui du coup ressemblait à un festin de noces pour chats.

Chipsy était parfaitement consciente de ce qu'elle avait fait et se cacha. Mais je la trouvai, la pris dans les bras et l'emmenai sur le balcon.
Des gamelles à croquettes et à eau, la litière et la caisse étaient déjà là-bas depuis la punition précédente. Je lui ai rajouté aussi son couchage qu'elle n'avait jamais aimé, mais cette fois-ci elle s'y jeta presque reconnaissante. Je l'ai caressé et j'ai fermé la porte de sa prison. Le balcon est attenant à ma chambre et je serai son geôlier attentionné.

P.S. - Dernier mot

Cela fait maintenant une semaine que notre Chipsy est en prison sur le balcon.
Elle miaule affreusement et ne cesse de m'observer tristement à travers la fenêtre. Au point que je l'ai laissée hier soir entrer secrétement dans ma chambre. C'était juste pour un instant. Maintenant c'est le matin et ma couette est pleine de pipi. Ca sent très mauvais. Maman ne va pas tarder à arriver et elle va s'évanouir sur place. Ensuite viendra papa qui s'évanouira deux fois, dont une pour maman. Alors je reste là et j'appréhende ce qu'il va arriver. Notre chat me regarde à travers la fenêtre et miaule terriblement.
Je ne suis pas capable de bien laver après la chatte, et n'ai nulle part où cacher la couette. J'aime Chipsy. Que dois-je faire?
(The End)

Traduit par Michèle Théo

Wednesday, September 23, 2009

Story in French I - QUE FAIRE D'UN CHAT VOLANT?

QUE FAIRE D'UN CHAT VOLANT?
(Extrait d'un journal intime)

Notre chat bien aimé m'observe à travers la fenêtre du balcon et ne cesse de miauler. Mais je n'ai pas le droit de le laisser entrer, car il y est assigné à résidence.

Combien d'effort ça m'a coûté avant de pouvoir avoir un chat ! Quand j'étais toute petite je voulais un cheval. Mais maman disait que chez nous dans l'appartement au 6e étage nous ne pouvions avoir de cheval, pas même sur le balcon.

Papa, lui, disait que chez nous dans l'appartement au 6e étage nous ne pouvions même pas avoir de chien. C'est qu'un chien a besoin d'espace et de promenades régulières.

J'ai des poissons rouges, mais ce n'est pas ça. Comment peut-on caresser un poisson rouge?
Enfin, j'ai gagné – j'ai convaincu mes parents de me laisser amener un petit chat à la maison. La tante d'une camarade de classe avait une grosse chatte qui attendait des petits. Elle les attendit suffisamment longtemps pour que je puisse bien y préparer mes parents.
Papa dit plutôt les avoir à l'usure.

Celle qui était la plus réticente c'était Mamie. Elle disait qu'un chat ça perdait ses poils et ça sentait mauvais. Mais comme Mamie n'habite pas chez nous et qu'elle ne se rend à la maison que pour déjeuner le dimanche, j'ai pu facilement écarter ces objections.

Le dimanche on ne parlait pas de chat chez nous. En revanche on en parlait le lundi, le mardi, le mercredi et le jeudi et de nouveau le vendredi et le samedi du matin au soir.

Maman était toujours contre. Elle avait peur que le chat ne soit pas propre. Papa n'avait pas peur, il disait que c'était à nous de nous en occuper.

Et finalement il fut d'accord le premier. Puis maman à son tour. Par précaution, j'ai préféré ne pas demander à mamie.



Les préparatifs pour Chipsy

J'ai choisi pour notre nouveau petit chat bien aimé un nom avec « ch » ou « tch ». J'étais persuadée qu'avec un tel nom il écouterait bien. Mais avant cela notre petite famille devait écouter ma petite conférence sur l'élevage de chats.

J'ai énuméré tout ce qu'il faudrait acheter pour le chat – un panier, un bol pour la nourriture et un bol pour l'eau, de la nourriture et de la litière avec une caisse. Et de quoi jouer.
Avec maman nous avons tout acheté peu à peu, bien que ce ne fût pas facile.
Maman disait que notre budget était déjà tendu et que le chat n'y était pas prévu.
Alors j'ai rajouté les seize couronnes que j'avais économisées.

Ensuite ce fut mon anniversaire et Mamie m'a glissé un billet de 500 couronnes en douce, afin que mes parents ne le voient pas.

Si elle avait su que c'était pour le chat, je n'aurais rien eu du tout. Mais, finalement, nous avons pu ainsi tout réunir et attendre l'arrivée parmi nous du nouveau membre de la famille.
Nous avons suivi les instructions à la lettre. Je sais qu'il faut attendre la naissance du chaton et ensuite encore au moins deux mois avant qu'il ne soit sevré et qu'il ne reçoive l'éducation de base de sa maman avant de rejoindre son nouveau foyer.

Quand les chatons avaient un mois nous sommes allés en choisir un. Ils étaient six, mais mon choix était tout de suite fait.

Seul un d'entre eux avait un beau pelage gris-argent et une jolie petite gueule toute rose qu'il ouvrait à chaque instant comme s'il avait voulu dire quelque chose, mais sa petite voix était encore faible.

Quand Papa entendit comment était le chaton (Maman dût le confirmer en tant que témoin) il dit qu'un tel chaton allait lui plaire. Vu que notre voiture était aussi gris métallisé, ils iraient bien ensemble.


Le nouveau membre de la famille

Chipsy était dès le début archi gentille (Papa dit plutôt „ar'gentille“)! Lorsque nous l'avons enfin apportée à la maison les premiers temps, elle ne faisait que se blottir dans un coin, observant et miaulant très doucement.

Mais quand je l'ai prise dans mes bras elle était rassurée et frottait sa tête contre moi. Et rapidement sans hésitation elle allait dans sa litière pour faire ses besoins. Cela rassura Maman qui accepta volontiers ce chaton bien élevé. Et même Papa était ravi. La petite Chipsy s'asseyait chaque matin près de lui et le regardait prendre son traditionnel yaourt „santé et forme“.

De temps en temps elle s'étirait et avançait la patte pour lui rappeler de lui en laisser. Et il lui en laissait toujours.

Chipsy trouva rapidement aussi les bols avec de la nourriture et de l'eau, seul le panier acheté spécialement pour elle ne l'intéressait pas.

Peu à peu, elle expérimenta toutes les autres variantes. Tout d'abord elle se plaisait dans le fauteuil de l'entrée, puis sur une des chaises rembourrées sous la grande table de la salle à manger et aussi tout en haut, sur la bibliothèque.

Elle aimait aussi rester allongée sur la chaise dans ma chambre. Tout cela pendant la journée. C'est incroyable tout ce temps que les chats peuvent passer à dormir dans une journée. Et à vrai dire la nuit aussi. Mais même la nuit Chipsy changeait d'endroit. Au début elle se couchait près de moi et se laissait caresser jusqu'à ce que je m'endorme. Puis elle se blotissait parfois à mes pieds ou bien à l'inverse sur mon oreiller au-dessus de ma tête. C'était une époque merveilleuse. Chipsy se plaisait chez nous et elle nous plaisait aussi. Ensuite arrivèrent les soucis.


Notre chat vole

En ce temps Chipsy pouvait se déplacer dans l'appartement à son gré. Mais ce qu'elle aimait le plus était de sauter sur le rebord de la fenêtre et regarder en bas sur le trottoir ou bien les pigeons et les hirondelles qui se nichaient au-dessus de notre appartement sous le toit. C'est que nous habitions au dernier étage, au sixième de l'immeuble. Un soir l'orage éclata et avant que nous retrouvions nos esprits, Chipsy avait disparu. La dernière fois que nous l'avions vue elle se promenait agilement sur l'étroite balustrade métallique du balcon.

Avec maman nous étions juste en train de regarder la télé, papa n'était pas encore à la maison. Et quand il est arrivé, Chipsy ne l'a pas accueilli comme d'habitude. Il a jeté un coup d'oeil dans le salon et nous a demandé où était Chipsy. Car elle aurait pu être avec nous. Elle adorait s'allonger avec moi et se laisser caresser jusqu'à ce qu'elle s'endorme. Ainsi nous avions passé ensemble plus d'un soir devant la télévision. Mais tout à coup elle n'était plus là. Elle n'était ni dans le bureau, ni dans la cuisine, ni dans la chambre de mes parents, ni dans la mienne. Nous commencions à l'appeler mais elle ne donnait pas de signe de vie. Mais, à vrai dire, elle ne venait jamais quand on l'appelait. Mais cette fois, nous espérions un miracle. Seulement il n'y en eut pas. Papa était déjà en train de dîner et ne la recherchait plus. Il disait qu'un chat avait sept vies. De toutes manières on allait la retrouver.

Avec maman, nous avons trouvé Chipsy quand nous sommes allées vérifier si elle n'était pas dehors, dans la nuit froide et pluvieuse. Nous étions à peine sorties de la maison que déjà Madame Cavojska, la vieille dame qui a des fenêtres qui donnent sur l'entrée et qui à travers elles ne cesse d'observer les va-et-vient, nous annonçait qu'elle venait juste d'entendre quelque chose dégringoler devant son nez.

Au point qu'elle avait eu terriblement peur. Et nous aussi nous avions eu terriblement peur, et si c'était notre Chipsy?

Nous la cherchions désespérement et avions fini par la trouver toute mouillée et amochée derrière la maison, sur le rebord de la fenêtre de la cave.

C'est bien elle qui avait dégringolé devant le nez de Madame Cavojska en lui provoquant presque un infarctus (c'est ce qu'affirmait par la suite Madame Cavojska à Madame Sklenarikova, laquelle est aussi à la retraite et passe son temps à espionner par sa fenêtre, sauf qu'elle habite au deuxième étage et de l'autre côté de la porte de l'immeuble).

Nous nous sommes précipités à la maison avec Chipsy et avons interrompu le dîner de papa.
Il n'était pas content du tout et a râlé pendant tout le trajet jusque chez le vétérinaire. Le vétérinaire ausculta Chipsy mais ne trouva aucune blessure. Il lui a fait même une radio mais heureusement tout allait bien. Il nous a prescrit plusieurs médicaments et maman devait se lever toutes les trois heures pour les donner à Chipsy qui resta couchée pendant environ une semaine et se remit lentement sur ses pattes. Ce vol du sixième étage n'avait aucune conséquence visible.

Trois mois plus tard, Chipsy tomba à nouveau de notre fenêtre, car l'un de nous par erreur l'avait laissée ouverte. Nous ne sommes plus retournés chez le vétérinaire.
Après avoir de nouveau failli provoquer un infarctus à Madame Cavojska, Chipsy
est arrivée d'elle-même devant la porte d'immeuble, s'est laissée glisser à l'intérieur et nous l'avons retrouvée miaulant prés de la porte de l'ascenseur. Si elle avait pu, elle aurait peut-être pris l'ascenseur pour venir devant notre porte d'entrée. Notre Chipsy a encore cinq vies.


(To be continued)



Traduit par Michèle Théo

Wednesday, September 16, 2009

Essay in Swedish

Den egoistiska DNA:n

De nyaste rönen antyder, att bärare av grundläggande genetisk information – DNA – inte är så bräckliga, som vi förutsatte och att den har lämnat tydliga spår av sin kod även under mycket ofördelaktiga livsbetingelser under många århundranden. Man har hittat spår av dess relativt självständiga existens. Tack vare detta är det möjligt att med en lagom anpassad teknik söka sig tillbaka i historien av informationsgrunden till allt levande. Den nyaste definitionen av livet talar nämligen enligt kybernetikerna – om att livet är information. Det hänger ihop med Dawkins hypotes om „den egoistiska genen“. Enligt den, är allt levande som vi känner till på jorden en mer eller mindre komplicerad „bärare“ av denna egoistiska, autonoma information. Egoistisk är den därför, att den bara tänker på att föröka sig själv även om det betyder utplåning av andra livsformer. De specifika naturlagarna leder fram till en „upprorisk strategi“ för bevarande av liv. Upprorsmän försöker i en politisk ogästvänlig miljö bevara konkret information – till exempel att demokratin, ordets frihet och resefrihet verkligen existerar. Mycket snabbt lär de sig, att sådan information i en enda kopia mycket lätt kan upphöra. Även om man skulle gömma den i ett inbrottsäkert kassavalv, kommer förräderi eller slumpen att upptäcka den. Om ni skulle gräva ned en enda kopia på en okänd plats, kommer ni att förstöra den, på grund av att repression av den ogästvänliga samhällsmiljön kommer att utrota er tidigare, än ni hinner berätta var dyrbarheten befinner sig. Under många millennier av mänsklighetens historia fick vi erfara att varken de starkaste fästningar, eller de mest massiva sarkofager, eller skarpsinnigaste labyrinter lyckades att försvara skatter från tjuvar. Pyramiderna är vårt eviga memento för ett sådant naivt beteende. Den enda garantin för bevarande av den värdefulla skatt – och DNA är en sådan utomordentligt värdefull och bräcklig skatt är – är dess fortplantning eller kopiering. I fallet med upprorsmännen kallas en sådan segrande strategi – samizdat. Ju fler kopior av samizdat som upprorsmännen lyckades kopiera, destå större var chans, att försvarad information skulle överleva. Trots en intensiv förintande kraft av hemlig och offentlig polis, trots fängslande, trots landsförvisningar och avrättningar, kom den försvarade informationen att överleva.. Kanske bara därför, att en glömd kopia blir kvar i många tiotals år ovanpå skåpet i ett familjehus, vilket är helt ointressant för polisen. Och precis så beter sig „den egoistiska DNA:n“ – gömmer sig i de mest överraskande livsformer. Var och en av dem har sitt eget sinne. Det kan ju hända, att bara violettprickiga skalbaggar med gröna ben överlever vid ofördelaktiga förändringar i naturen. Det visar sig, att även en sådan vidrig skalbagge som kackerlackan kanske är den utvalde bäraren av ett värdefull meddelande om livetsexistens, på grund av att den kan överleva ett vansinnigt atomkrig!

DNA är ett underverk av informationsspridande i tid och rum. Den försöker att hitta alla möjliga och omöjliga former av gömställen och många av de möjliga och omöjliga formerna har den redan upptäckt. Det är den bräckligaste skatt, som existerar på planeten. Det räcker ju att trycka ned en myra och en unik kopia går förlorad för evigt. Därför finns det miljarder myror på alla kontinenter och för säkerhets skulle det finnas några sorter också i ditt skafferi. Det räcker att det är torr, kallt, eller tvärtom. För mycket vatten och varmt och den bräckliga genetiska information går under med sin sexbeniga kropp. Därför har kopiorna också adapterade för vatten, både för lågt och högt. Därför har de kopior också ben för att kunna springa bort i nät när de är utsatta för fara. Just därför finns dess kopior med rötter, så att de snabbt kan besätta ett så stort område på planeten som möjligt, för att kunna föröka sig till största möjligaste antal. För att lära sig att inte springa bort, stanna kvar, hålla sig kvar. Några kopior växte i kolosala dimensioner därför, att inte någon skulle komma äta upp dem. Men eftersom inte gigantiska dinasaurieformer kunde överleva, befinner sig kopior av den „egoistiska DNA:n“ också i osynliga mikroba former, vilka befinner sig på de otroligaste platser – från tarmar hos de olika djur, i honors vaginor av alla möjliga sorter, till kokande termala källor och permafrostens isberg. Så gömmer sig DNA i rummet.

„Den egoistiska DNA“ inte bara gömmer sig, den förökar sig genom de otroligaste former. – från upphöjda kärleksyttringar hos människor, via bröllopsdanser hos djur och bisarra erotiska lekor hos fiskar och amfibier, till icke bindande promiskuitet hos mikrober. På sådant sätt kan den säkra ett försprång framför destruktiva krafter av omgivande icke levande , men i levande miljö. Om det är överraskande för någon, att olika former av DNA konkurrerar med varandra , men också attackerar varandra, till och med äter upp varandra, så måste man säga, att den materia, med vilken den „egoistiska DNA:n“ arbetar, är definitiv.. Därför att varje ny uppfinning, vilken lovar dess evighet, företräder. Ståndaktigt strider den nämligen mot den andra termodynamiska lagen, vilken komplicerat bevisar det, som Bibeln på ett enkelt sätt berättar: „Av jord är du kommen och till jord skall du också varda“. „Den egoistiska DNA:n“ tror inte på fatalism i religionen. Den ger inte upp. Aldrig.

Gräsmattans slåtterkarlsfilosofi…

Studerade ni någon gång hur en man körde en gräsklippare i en trädgård? Jag såg många, kanske hundratals. Några av de körde mekaniska, andra elektriska gräsklippare och de rikare satt på små traktorer. Och några slår omkring sig med en elektrisk handlie. När jag var liten såg jag också slåtterkarlar med en vanlig handlie. Men de klippte aldrig gräs av de skäl, som det gör de nu. För glansen skull. Och när jag ser, en „glansgrässlåtterkarl“, kan jag inte låta bli att tvivla. I denna värld finns ju så mycket arbete, så många obyggda hus, så många icke reparerade maskiner, så många begravda brunnar – och ändå är deras lyxiga ansträngning meningfull. Det är inte på grund av en verkligt vällustig känsla inför en perfekt engelsk gräsmatta. Meningen hänger inte ihop med den ögonblickliga ändamålsmässigheten i våra mänskliga mått. Sinnet är evolutionistiska och vi kan kalla det „förblivandet i tiden“.


Ja, alla friska och starka män kunde börja göra någonting meningsfullt. För det överväldigande flertalet är nämligen gräsklippning ett arbete, fåfängt och utsiktlöst. Deras arbetsresultat brinner frost under vintern och även den vackraste gräsmatta kan mycketbra plöja upp en enda mullvad. Och flera av dem kör sina gräsklippare på breddgrader som klimatiskt sett inte är de lämpligaste. Vid första anblicken kunde de kanske göra någonting mera meningsfullt, antingen klippa gräsmattan på ett sådant ställe, där den verkligen trivs, eller göra någonting nyttigt för den högre mänskliga missionen där det behövs. Och ändå är det bra att de går precis på den lilla biten av världen, där de var blåsna med ödet, eller har lämnat sina förfäder. Utan att vara medvetna om det är så, att de utför en hemlig uppgift för „den egoistiska DNA:n“. De stannar kvar på de mest olika ställen i världen och där bevarar den med sin existens sina mänskliga former just därför, att ingen /inte ens den skenbart allsmäktiga och allvetande „egoistiska DNA:n“/ vet, var den rätta platsen för sin säkraste överlevnad befinner sig. Om inte dessa gubbar skulle gå med gräsklippare på sina gräsmattor, skulle det inte finnas någon garanti för, att de aldrig skulle överge denna plats. Den, som klipper gräsmattan bara för sitt eget höga nöje, har en finansiell trygghet, har en familj, barn och uppfostrar andra former av „den egoistiska DNA:n“ i form av katter, hundar, hamstrar eller andra nyttodjur. Den svälter inte och ingen fara hotar honom. Han klipper gräsmattan och därigenom tror han på framtiden. Han har en sådan evig och oändlig sysselsättning, så det inte finns någon risk, för att han ska sluta någon gång och börja fundera på meningen med sin existens. Eftersom han strax skulle komma på förrädiska tankar. Till slut skulle han kunna upptäcka, att just hans existens inte har någon evident mening. Bara han fortsätter att klippa.........…


Djur överför sin genetiska information med enkel fortplantningcykel. De sysselsätter sig till sin oundvikliga död med att lära sig att först gå, sedan att orientera sig i sin omgivning, att gömma sig och skydda sig från fienden, att leta efter en partner, föda och skydda sina ungar från den omgivande världen och sen slutar de sina liv som en maskin, som har tjänat ut. Sådana manuskript räcker inte för människor. En tanke sprider sig under millisekunder och under en människas liv kunde det vara ganska många utan svar. Därför är alla former för att ta död på tiden välsignade. Såg ni någon gång fanatiska fotbollsfans och hörde ni då deras lekmanna-, men också så kallade fackliga kommentarer om den speciella matchen? En omdömesgill människa skulle bara skaka på huvudet över en sådan fåfänga. Så mycket, att han skulle kunna skaka loss det. En så onödig verksamhet, som är att sparka på en boll, som är rund. Om det händer något under spelet, vad som helst, uppträder plötsligt en „advokat“, som är ovärdig för mänsklighetens högre mållsättningar. Men vem pratar här om högre målsättningar av mänsklighet? Politikerna? De brukar också gå på fotboll. Diktare? De hejar också till på sin „egen“ favoritfotbollsklubben. Filosoferna? Heidegger var en av de mest uppskattade och politiskt inflytelserika under sin livstid och ändå kommer hans söner ihåg, hur han hetsigt lyssnade på fotbollsmatcher på radion. Det är så och det är bra, att det är så. Inte bara fotboll, utan varje mänskligt nöje eller intresse för vad som helst, inkluderat samlande på kapsyler till ölflaskor, har sin egen mening. Det syselsätter människans sinne, för att hon vill veta och vill leva tills meddelandet kommer om vilken plats i tävlingen hans favoritklubb uppnådde. För att hon ville leva bara där, hon har sin samling av onödigheter och speciellt, att hon intresserar sig för ofarliga „plikter“ i stället att ha djupare idéer om ömsesidigt dödande. Människorna kommer att berätta sina historier, de kommer att läsa om dem. De kommer att titta på dem på bio, eller hemma på teve. Deras egen stora historia pågår tyst och obemärkt. Det är livets historia, som en speciell form av albuminers och nukleinsyrors existens. Bli inte överraskade, men den här livsdefinitionen föreslog en viss herr Friedrich Engels. I det ögonblicket visste han säkert, vad han talade om.....…